sábado, 18 de maio de 2013

Novos cenários e modelos de aprendizagem construtivistas em plataformas digitais - Cap. II








A evolução das tecnologias de informação e da comunicação deu origem a grandes transformações sociais, económicas e culturais. As Instituições de Ensino Superior (IES) têm vindo a apresentar iniciativas, onde o e-learning e/ ou o b-learning têm reconhecimento. O paradigma tradicional mudou, ou seja, o controlo da aprendizagem passou do professor para o aluno. 

A informação passou a estar disponível online numa plataforma digital. Os estudantes deixaram de ser meros utilizadores e passam a autores e produtores de documentos multimédia. Para criar ambientes reais de aprendizagem construtivistas e abertos onde se promova o pensamento critico é necessário considerar o contexto social e psicológico em que a aprendizagem tem lugar, as diferentes formas de aprender e os elementos afetivos, como por exemplo a motivação. 

As comunidades representam ambientes intelectuais, culturais, sociais e psicológicos que facilitam e sustentam a aprendizagem e promovem a interação, a colaboração e o  sentimento de pertença dos seus membros. Os modelos de aprendizagem em plataformas digitais promotores de interação em comunidades de aprendizagem são: O modelo de Community of Inquiry, o modelo de e-moderating, o modelo de Brown, o modelo de interação em ambientes virtuais de Faerber e o modelo de colaboração em ambientes virtuais de Henri e Basque. Destacam-se os dois primeiros porque têm obtido um maior suporte empírico, e contrariam os sistemas convencionais que se baseiam na transmissão de conhecimentos. 

Os fatores para garantir a qualidade da aprendizagem, são: a qualidade dos conteúdos científicos,  a criação dos processos interativos corretos, o contexto de aprendizagem e a avaliação  dos resultados. Para que a utilização dos modelos em ambientes online seja uma realidade nas Instituições de Ensino Superior é fundamental que a cultura do ensino superior mude, devendo existir recursos pedagógicos diferenciados, interativos, heurísticos, de sucesso e extensivos à vida das pessoas e das instituições. É importante que todos os intervenientes na educação superior tenham competências especificas, sobre o trabalho em equipa, a gestão de recursos e o diálogo aberto sobre a qualidade, em detrimento do individualismo, privilegiando uma cultura de interajuda na resolução de problemas pedagógicos. 

Outros modelos de aprendizagem pela resolução de problemas têm surgido, mas o que me parece mais pertinente e eficaz é o MPOA, pois baseia-se na teoria da flexibilidade cognitiva. As suas principais vantagens, são; uma base pedagógica consistente, a flexibilidade cognitiva pelos exemplos desconstruídos e o estimulo da prática de análise. Este modelo é, na minha opinião, pela minha experiência como aluna da Universidade Aberta, o que mais se assemelha ao modelo MPV utilizado nesta Instituição de Ensino Superior,  que tem como pilares: a aprendizagem centrada no aluno, flexibilidade, interação e inclusão digital.  

 

Bibliografia

Monteiro, A.; Moreira, A.J.; Almeida A.C. (2012) Educação online: pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso- Portugal (Cap. II Novos cenários e modelos de aprendizagem construtivistas em plataformas digitais.

A Internet - RESUMO II









A aprendizagem online está associada à Internet. A Internet é uma ligação e um veículo comunicacional, tendo mais de 100 milhões de websites. O facto de que a Net pode ser modificada pelos próprios professores, permite a sua adaptação às necessidades individuais dos estudantes.
 No inicio, existia a "Web 1.0", na qual os materiais existentes não permitiam a interatividade, e a apresentação da informação era unilateral.  Nesta altura existia desconfiança e falta de segurança na informação que acedíamos na internet.  Atualmente a internet contribui para o desenvolvimento da educação.
A Web 2.0 caracteriza-se por Tagging, redes sociais e geração de conteúdos postados pelo utilizador, usando ferramentas como wikis, blogs e podcasts. A Web 2.0 é chamada como a web de escrita ("writting web") pois permite aos utilizadores criar e fazer circular os seus próprios materiais.
A participação do aluno pode ser efetuada, especialmente com comunicações mediadas por computador e no uso de projectos de aprendizagem colaborativa, através da Web 2.0 e a emergente Web 3.0.
O crescimento e aceitação da Web 3.0, denominada como a web semântica ("Semantic Web"), estão previstos em três áreas de desenvolvimento:
1) o alargamento do acesso à Internet a milhões de novos utilizadores via dispositivos móveis; 2) interesse crescente no potencial desta tecnologia essencialmente social; e 3) a prática de rotular a informação para que faça sentido às máquinas e às pessoas.
A web semântica (semantic web) incorpora o acesso de banda larga móvel de grande alcance para serviços web completos incluindo tecnologias que permitem aos computadores a organização e conclusões a partir de dados online. Na Web 3.0, o conteúdo online é codificado de forma que os computadores sejam capazes de localizar e extrair a informação.

Bibliografia
Fahy, Patric J. (2008), As Características dos Meios de Aprendizagem Interativa Online., Athabasca Universit (Tradução de: Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira) Texto disponibilizado no espaço da UC de Educação e internet, acedido em:
http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=26095