A
evolução das tecnologias de informação e da comunicação deu origem a grandes
transformações sociais, económicas e culturais. As Instituições de Ensino
Superior (IES) têm vindo a apresentar iniciativas, onde o e-learning
e/ ou o b-learning têm reconhecimento. O paradigma tradicional mudou, ou seja, o controlo da aprendizagem
passou do professor para o aluno.
A informação passou a estar disponível online
numa plataforma digital. Os estudantes deixaram de ser meros utilizadores e
passam a autores e produtores de documentos multimédia. Para criar ambientes
reais de aprendizagem construtivistas e abertos onde se promova o pensamento
critico é necessário considerar o contexto social e psicológico em que a
aprendizagem tem lugar, as diferentes formas de aprender e os elementos
afetivos, como por exemplo a motivação.
As comunidades representam
ambientes intelectuais, culturais, sociais e psicológicos que facilitam e
sustentam a aprendizagem e promovem a interação, a colaboração e o sentimento de pertença dos seus membros. Os modelos de aprendizagem em plataformas
digitais promotores de interação em comunidades de aprendizagem são: O modelo
de Community of Inquiry, o modelo de e-moderating, o modelo de Brown, o modelo
de interação em ambientes virtuais de Faerber e o modelo de colaboração em
ambientes virtuais de Henri e Basque. Destacam-se os dois primeiros porque têm obtido um maior suporte empírico, e contrariam
os sistemas convencionais que se baseiam na transmissão de conhecimentos.
Os fatores para garantir a qualidade da
aprendizagem, são: a qualidade dos conteúdos científicos, a criação dos
processos interativos corretos, o contexto de aprendizagem e a
avaliação dos resultados. Para que a utilização dos modelos em ambientes online seja uma
realidade nas Instituições de Ensino Superior é fundamental que a cultura do
ensino superior mude, devendo existir recursos pedagógicos diferenciados, interativos, heurísticos, de sucesso e extensivos à vida das
pessoas e das instituições. É importante que todos os intervenientes na
educação superior tenham competências especificas, sobre o trabalho em equipa, a gestão de
recursos e o diálogo aberto sobre a qualidade, em detrimento do
individualismo, privilegiando uma cultura de interajuda na resolução de
problemas pedagógicos.
Outros modelos de aprendizagem pela resolução de problemas têm surgido, mas o que me parece mais pertinente e eficaz é o MPOA, pois baseia-se na teoria da flexibilidade cognitiva. As suas principais vantagens, são; uma base pedagógica consistente, a flexibilidade cognitiva pelos exemplos desconstruídos e o estimulo da prática de análise. Este modelo é, na minha opinião, pela minha experiência como aluna da Universidade Aberta, o que mais se assemelha ao modelo MPV utilizado nesta Instituição de Ensino Superior, que tem como pilares: a aprendizagem centrada no aluno, flexibilidade, interação e inclusão digital.
Bibliografia
Monteiro, A.; Moreira, A.J.; Almeida A.C. (2012) Educação online:
pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso-
Portugal (Cap. II Novos cenários e modelos de aprendizagem construtivistas em
plataformas digitais.
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